Perímetro Irrigado de São Gonçalo, na Paraíba, produz mais de 1 milhão de cocos por mês

A produção de coco vem ganhando cada vez mais espaço na agricultura brasileira. Isso se dá devido à versatilidade da fruta, que é utilizada tanto pela indústria alimentícia, como pela têxtil, a de cosméticos e muitas outras. O coco é uma das frutas mais populares do Brasil e o cultivo se concentra em grande parte na região Nordeste. Um exemplo de sucesso no cultivo dos coqueiros é o Perímetro Irrigado de São Gonçalo, situado nos municípios de Sousa e Marizópolis, na Paraíba.

O Perímetro Irrigado de São Gonçalo é um projeto sob a jurisdição do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). O perímetro possui uma área de 5.548 hectares e produção de 1,4 milhão de cocos por mês, dentre outras culturas como banana e arroz. Essa produção abastece o mercado interno brasileiro, indo para diversos estados, inclusive fora do Nordeste, como é o caso de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo o presidente da Junta de Usuários de Água do Perímetro Irrigado de São Gonçalo (JUSG), Francisco José Bernardino, tudo na fruta é aproveitável, a polpa, a água e até a casca. O coco verde produzido no perímetro de São Gonçalo abastece as agroindústrias, para o consumo de água de coco. O coco maduro é vendido para fábricas que fazem o aproveitamento da polpa e da casa e o coco seco é transformado em mudas de coco anão.

O cultivo do coco tem grande importância econômica e social, visto que, desde a plantação, até a colheita, e ainda, após o estágio do que é feito da matéria-prima, muita mão-de-obra é absorvida pela cultura do coco. “Hoje em São Gonçalo, em produção e fase de instalação, a cultura do coco gera mais de mil empregos. Se levarmos em consideração que temos 1.300ha de plantação de coco já instalada dentro do perímetro e, baseados nos dados do IBGE, que cada hectare gera três empregos, coloco em média mil trabalhadores, pois grande parte da plantação está em fase inicial e não gera tanta mão-de-obra como a fase da produção”, destaca Francisco José Bernardino.

A cultura do coqueiro apresenta ótimo potencial de exploração, levando em consideração a capacidade de adaptação a diferentes condições de clima e solo. Também é uma cultura que pode ser consorciada a outras culturas, como no caso do Perímetro Irrigado de São Gonçalo, onde o cultivo do coco é associado ao da banana. Essa característica é muito relevante para os pequenos produtores, que têm área limitada de cultivo.

SAIBA MAIS

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a exploração do coco seco no Brasil tem grande importância socioeconômica, pois é predominantemente realizada por pequenos produtores, com menos de 10ha, localizados ao longo do litoral do Nordeste. Já o coco verde, teve um aumento significativo da demanda por água-de-coco, o que ocasionou em uma rápida expansão da produção para o atendimento da demanda nas últimas décadas. A utilização do coqueiro-anão, mesma espécie cultivada no Perímetro Irrigado de São Gonçalo, foi de fundamental importância para o aumento da produção e da produtividade, pelo alto poder produtivo, gerando oportunidades de negócios no aproveitamento e garantindo maior rentabilidade e atratividade para novos empreendimentos nesse agronegócio.

Serviço de Comunicação Social Telefone (85) 3391-5121 E-mail: comunicacao@dnocs.gov.br
Fonte: Perímetro Irrigado de São Gonçalo, na Paraíba, produz mais de 1 milhão de cocos por mês — Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (www.gov.br)