Dnocs: novas alternativas


Edilton Saldanha
Jornalista

O senador Eunício Oliveira, que aspira à Presidência do Senado Federal, para os próximos anos, declarou que o Dnocs fará a gestão da transposição do Rio São Francisco e do Cinturão das Águas.
Isso, tornando-se realidade, fortalecerá a autarquia e trará grande desenvolvimento para o Nordeste.
E nesse paralelo, ressalte-se que além das atividades já promovidas pelo departamento, nos seus 106 anos, podem ser inseridas novas de fonte de água.

Segundo o engenheiro agrônomo Pedro Eymard, coordenador de Piscicultura do órgão, a sondagem e perfuração de poços profundos, com mais de 1.000 metros é uma das alternativas para prospecção de água. Muitos países já confirmaram o fato de que, tendo todas as águas que irem para os oceanos, através da superfície terrestre e subsolo. Grandes lençóis de águas doces foram encontrados em grandes profundidades. Assim, as regiões litorâneas, normalmente as mais povoadas, teriam uma fonte própria de abastecimento de água, permitindo que as barragens que acumulam água no interior posam servir, integralmente, para o desenvolvimento e a sustentabilidade da área.
Para a execução dessa tarefa, segundo Pedro Eymard, o Dnocs ainda possui expertisse e pessoal, que, embora com os cabelos já prateados pelo tempo, continuam trabalhando com bastante esmero pelo povo nordestino.

A dessalinização de águas marinhas, com a utilização de energia eólica e solar, é outra opção. A energia solar pode ser potencializada com a concentração dos raios com o uso de lentes, fazendo com que a água se evapore mais rapidamente e resulte na condensação e retorne ao estado líquido, agora completamente dessalinizada. Essas águas produzidas em grande quantidade e a baixo custo, abasteceriam, preferencialmente, as regiões litorâneas.

A piscicultura marinha poderia ser feita com a adoção de uma sondagem e a consequente execução de tecnologias de reprodução em cativeiro, produção massiva e alevinos e engorda em tanques flutuantes nos oceanos, de espécies selecionadas, economicamente viáveis, de preferência regionais. Entretanto, se necessário, seriam buscadas outras no exterior, assim como foi feito com a tilápia.

Na agricultura irrigada, a otimização dos programas de assistência técnica aos irrigantes, aperfeiçoando os métodos de economia d’água através da chamada agricultura de precisão. As instituições de pesquisa participariam de matrizes inteligentes de reúso de águas e de seleção de espécies vegetais e animais, que se adaptem bem às novas condições, sem quebra de produtividade.

Fonte: http://www.oestadoce.com.br/opiniao/dnocs-novas-alternativas