Os aposentados e pensionistas do Serviço Público Federal continuam na berlinda

Por Geraldo Pereira da Costa

O governo federal insiste em manter os aposentados e pensionistas a reboque da máquina estatal, tratando-os como verdadeiros bodes expiatórios, e negando-lhes o que a própria Constituição brasileira assegura.

A sua política de reajuste salarial, vem sendo feita de forma extravagante, aplicada sobre a “gratificação de produtividade”, quando ele devia praticar o aumento de salário, linearmente, para obedecer à paridade salarial (artigo 40, da Constituição Federal). Más não! Ele foge desse princípio e ataca o seguimento pobre e indefeso, cedendo, apenas, 50% (cinqüenta por cento) do que é estendido a quem ainda está em exercício. Dois pesos e duas medidas.

Enquanto isto, não devemos nos deixar abalar, ou perder a nossa razão de sermos insistentes, continuando, mesmo tratados com leviandades pelos governos (passados e presente), levantando a bandeira da sensatez, da honra e da dignidade, considerando o fato de que estamos cobrando direitos, e não exigindo arbitrariedades.

Lembrar que não é de hoje, que nós, aposentados e pensionistas, agregados ao Serviço Público Federal, vimos gritando e alertando ao governo do vil tratamento que nos são dispensados. Postergam direitos; escondem verdades; retiram garantias, fogem, levando a situação a um labirinto onde a discussão fica apenas com eles. Tramam, em desarmonia com a lealdade, ao fazer de conta que cumprem o que está posto na Constituição. Uma ação torpe e cruel, que mata lentamente, como se estivéssemos ocupando um corredor da morte, no San Quentin do Brasil, possivelmente por havermos praticados atos impróprios, ao ajudarmos a construir os feitos da nação brasileira.

É uma tristeza sabermos que o nosso país está entregue nas mãos dos insensatos, dos que não cumprem as regras constituídas no compêndio que regula a organização política e social de uma nação soberana. Desampará-la, é trair a um povo e a sua própria nação. É insultar a sociedade, e chamá-la para um enfrentamento, cujo confronto, estabelece, em via de regra, recorrermos a intervenção da própria justiça.

Com isso, não vamos apenas prantear papeis, porque o texto mancha e não vemos mais a escrita. Vamos sim, abanar mais ainda as labaredas da nossa indignação, para que elas possam aclarar e dar mais visibilidade à mente desses atuais gestores, vazios de sentimentos e sensibilidades. Fomentar a vileza; e alimentar a covardia, é tornar-se miserável e afastar-se da dignidade humana e social.

No final, quero invocar os nossos descendentes: FILHOS E FILHAS, NETOS E NETAS, BISNETOS E BISNETAS, que não desejam ver, seus pais, avós e bisavós morrerem gemendo, provenientes das dores causadas pela falta de medicamentos que possam amenizar esses sofrimentos físicos.

VALE A PENA APELAR PARA DEUS, NOSSO VERDADEIRO JUÍZ E PAI ETERNO

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