A seca do nordeste – um fenômeno a ser questionado

EVANDRO BEZERRA
Engenheiro Agrônomo
Diretor de Administração da ASSECAS
evandrobezerra430@gmail.com

Muitos estudiosos da seca do Nordeste brasileiro desconhecem certos indicadores que podem causar tal fenômeno e só comentam o El Niño como se fosse o único responsável pelas estiagens prolongadas. Até mesmo certos meteorologistas.
Em um raciocínio logístico o El Niño e a La Niña ocorrem no Oceano Pacífico e quem banha as costas do Nordeste é o Oceano Atlântico. Logo as correntes marítimas do Atlântico são mais expressivas.
Muitas vezes o El Niño esteve presente e tivemos quadras chuvosas de grande intensidade como afirmam o Dr. CAIO LÓSSIO BOTELHO, Geógrafo cearense, bem como o Dr. Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.
A quadra estacional nordestina brasileira é definida entre os meses de dezembro e março, mais precisamente após a passagem do 2º solstício e o 2º equinócio.
No dia 21 de janeiro é o dia do ponto de eqüipolência, ou seja, dia em que o Atlântico Sul tende para um ótimo calorífico e começam as esperanças de um bom inverno, já que aquele oceano continuará se aquecendo e aumentando as evaporações.
Com a passagem do ponto “pisces”, 21 de fevereiro, a atmosfera tende a receber o maior número de núcleos nus que são indutores de chuva sendo mais um indicador para precipitação na região.
Finalmente resta o 21 de março, passagem do equinócio, que representa as últimas esperanças para o inverno no Nordeste, ocasião da formação de nuvens cumulonimbos.
Estamos no mês de março e deixamos a conclusão para os leitores.